segunda-feira, 26 de novembro de 2012

CIDADE SEM LEI - "Guerra" de gangues aumenta violência em Várzea Grande

A "guerra" de gangues nos bairros Mapim e Jardim de Alá, na periferia de Várzea Grande, que começou com a morte do menino Renan Bruno, de 3 anos, não tem fim e já constitui um desafio para a própria Polícia.

No sábado (24), dois jovens foram presos no Jardim de Alá armados com revólveres. E a alegação era uma só: eles querem se proteger de “Tiaguinho”, acusado de matar o menino e que teria prometido “matar mais uns 20” na região.

A primeira apreensão ocorreu por volta das 16 horas, quando policiais militares prenderam L. P., de 18 anos, que é primo de Renan Bruno. Ele estava em companhia de um colega – também armado –, que conseguiu escapar ao cerco policial. 

A prisão ocorreu durante uma ronda de rotina, após os PMs suspeitarem da dupla. Com ele, os policiais apreenderam um revólver calibre 38 com numeração raspada.

Na Central de Flagrantes de Várzea Grande, o primo de Renan Bruno relatou que ele e o colega estavam armados por causa da “guerra” com a turma do Mapim, onde reside Tiaguinho. 

Ele não revelou onde conseguiu a arma. “Meu amigo (que fugiu) estava armado com uma garrucha. A gente estava armado para se defender do Tiaguinho”, alegou.

Por volta das 21 horas, F .R. S., de 19 anos, foi preso com um revólver calibre 32,  na garupa de uma motocicleta Honda, pilotada por um garoto de 14 anos. A prisão da dupla ocorreu também no Jardim de Alá.

F. S. alegou que estava se protegendo de Tiaguinho, uma vez que o suspeito estaria armado com uma pistola e ameaçando matar mais gente. Ele não informou onde conseguiu o revólver e caiu em contradição dizendo que a arma era do adolescente.

Além de Renan, Tiaguinho é acusado de mais um assassinato nessa guerra de gangues. Na lista estavam Aldair Santana de Arruda, de 22 anos, que foi assassinado com dois tiros de revólver, e sua esposa Ana Carolina Torresan, de 20, que está internada, em estado grave, no Pronto-Socorro de Cuiabá.

O casal foi cercado por dois rapazes que estavam numa motocicleta Honda Fan vermelha. O assassinato seguido de tentativa ocorreu no dia 18, uma semana após a morte do menino de 3 anos.

As investigações apontam que Aldair teria localizado Tiaguinho para se vingar do menino, mas acabou desistindo. O suspeito, então, teria descoberto a intenção do rapaz, resolveu se antecipar e matou Aldair próximo da casa dele. 

Ele teria agido com o mesmo cúmplice na ocasião em que o bebê foi atingido por uma bala perdida e morreu.

Morte da criança

O menino de três anos morreu no dia 10 de novembro, quando estava com os pais no quintal da casa, participando de um churrasco. Em dado momento, os suspeitos invadiram o local à procura do tio do menino, que também participava da festa.

Um dos suspeitos atirou contra João Vitor, mas o tiro atingiu o menino, que brincava com outras crianças. No velório, no dia seguinte, a dupla foi à procura do rapaz e acabou derrubando o caixão.

João Vitor deveria ser ouvido na semana passada na DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), mas não compareceu. Os policiais acreditam que ele esteja em outra cidade.

midianews

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