sábado, 10 de novembro de 2012

A CHAVE - EM CÁCERES PRODUTORES RURAIS SOFREM ACHAQUES DE SUPOSTOS OFICIAIS DA AERONÁUTICA


Um grupo se intitulando como supostos membros da Força Aérea Brasileira (FAB) estaria agindo na região de Cáceres, no Oeste do Estado. A denuncia foi feita por produtores rurais das comunidades do Limão,  Clarinopolis e Caramujo, todas situadas próximas a divisa com o território boliviano. De acordo com os denunciantes, o bando tem percorrido as propriedades rurais solicitando doações em cabeças de gado, para um leilão, no qual seriam levantados recursos para implantação da Base Aérea em Cáceres.
 
Usando roupas finas, carros de luxos, os golpistas ao abordarem os sitiantes alegam que não aceitam como doações – ovinos, suínos, caprinos e nem eqüinos muito menos muares – eles exigem que as doações sejam feitas em gado, preferencialmente da raça nelore. Ousados também cobram comprovante de vacinação dos animais e ainda a guia de transportes, emitida pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). Do contrário, ou seja sem os donativos, alegam que Cáceres perderá a Base Aérea.
 
Aproveitando da inocência dos pequenos ruralistas, eles alegam que a cidade precisa da cooperação dos pecuaristas e até de pequenos produtores. Alguns agricultores desinformados já teriam cooperado com o grupo cedendo um pequeno rebanho aos “finos oficiais”.
 
Já acostumados com “pedintes” notadamente das forças policiais da fronteira, um dos sitiantes estranhou as exigências do grupo que sequer se moveu para receber o seu ‘dote’ formado por dois leitões, um bode capão e um jumento, sugerindo ao doador que efetuasse a troca desses animais com gado para depois ofertá-los a tal “comissão”. Eles justificaram que os comandantes da "FAB" ficariam constrangidos  com presentes como: bodes, jumentos e suínos. 
 
Esse mesmo sitiante da localidade do Caramujo, desconfiou tendo em vista que, segundo ele, alguns (não todos) policiais civis e militares aceitam até “pata choca” quanto mais esse lote de bichos. Com parentes em Cáceres, ele comunicou a situação a um filho que atua no Judiciário local, e este lhe recomendou a divulgar na imprensa, o que classificou como achaques. 
 
Uma conhecida produtora de pequi e de pamonha do Distrito de Caramujo, ainda tentou convencê-los a aceitar uma saca de pequi na casca e três dúzias de pamonha, também foi recusada a oferta, sendo orientada a vender e comprar um bezerro para depois ofertá-los, a alegação que o pequi poderia exalar odor forte nas aeronaves da FAB e que a pamonha é algo desconhecida dos oficiais da corporação, que tem no "brigadeiro" a iguaria preferida.
 
Oficialmente tem sido divulgado que o deputado estadual Airton Rondina Luiz, o “Portugues”, está encabeçando um abaixo assinado para implantação da base da FAB em Cáceres.
 
Um dos sitiantes descreveu as características de um dos chefes da comissão, como forte, alto , de cor branca, rosto chapado, cabelos semelhantes a de índios bolivianos, e que pilotava um carro importado de cor preta cuja parte interna havia algumas garrafas de uísques. Ele trajava paletó e gravata. Alem dele, mais dois outros acompanhantes, de que acordo com esse mesmo denunciante, um deles “provavelmente” teria disputado eleição de vereador. 
 
Quanto a denuncia de que agentes públicos estariam notadamente policiais militares e civis, se apurou junto alguns que atuam na fiscalização de fronteira que, de fato,  alguns colegas tivessem esse habito, e ainda tentaram justificar que o Governo do Estado há quase seis meses não repassa os valores das diárias aos policiais que atuam nas barreiras do Indea, e também do Gefron. “Um deles desabafou, esse Governo está se assemelhando aos tempos de Julio e de Jaime Campos, que durava um semestre para ver o salário” -  disse. Todavia pediu sigilo de fonte

jornalcacerense 

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