O ex-médico Alberto Jorge Rondon de Oliveira, 55, foi condenado a indenizar 175 pacientes que sofreram mutilações após serem submetidas a cirurgias plásticas.
O caso aconteceu em Mato Grosso do Sul no final da década de 1990.
À época, Oliveira, que não tinha especialização nem era habilitado a realizar as cirurgias, foi apelidado de "o monstro do bisturi" pela imprensa local.
A decisão foi tomada em 26 de julho, mas só foi divulgada na segunda. Ela reformou uma decisão anterior, que havia condenado apenas o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul pelos danos materiais, morais e estéticos que as vítimas sofreram.
Segundo o Ministério Público Federal, o CRM havia sido omisso ao não fiscalizar as atividades de Oliveira.
O valor das indenizações vai depender de perícias realizadas nas pacientes. Todas elas haviam passado por cirurgias de mama, abdômen e correção de pálpebras com o ex-médico.
O CRM-MS informou que pretende recorrer da sentença no STF (Supremo Tribunal Federal). O advogado do ex-médico, Osmar Baptista de Oliveira, afirmou que ainda não teve acesso à decisão e somente após conhecer o teor do texto a defesa vai decidir se entra com um recurso.
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